Deficiências
vitamínicas em Bovinos de Corte e Leite – Vitamina A
As exigências em
nutrientes para as diferentes funções (manutenção, crescimento ou ganho de
peso, reprodução e produção de leite) são quantitativas, isto é, os animais
exigem determinadas quantidades de cada nutriente para sustentação e para
produção. Entretanto, com exceção da água, as exigências são também expressas
em termos de concentração no alimento a ser consumido pelos animais o que
permite avaliar se um determinado alimento ou ração satisfaz às necessidades do
animal para desempenhar as suas funções de produção. O melhoramento genético e
a intensificação da produção na bovinocultura de corte proporcionam cada vez
mais animais com desempenhos bastante elevados, e consequentemente mais
exigentes no aspecto nutricional. Elevados valores de desempenho implicam em
altos níveis de exigência nutricional, com maior sensibilidade a deficiências
nutricionais.
Os ruminantes possuem a
capacidade de sintetizar algumas vitaminas no rúmen, como as vitamina K e as do
complexo B, entretanto são incapazes de sintetizar as vitaminas A, D e E,
necessitando assim de suplementação em determinadas situações. Esta pode ser
realizada através de suplementos em pó adicionados na dieta ou por via oral ou
injetável
Apesar de poder ser
extraída de fontes naturais, na forma de álcool e principalmente éster de ácido
graxo, atualmente a vitamina A é bastante utilizada na forma sintética, e essa
também não é sintetizada no rúmen, devendo o animal recebê pela dieta.
A vitamina A é considerada a vitamina de maior
importância nos bovinos de corte, pelo fato de as pastagens apresentarem
abundância de carotenoides pró-vitamina A durante o período quente e chuvoso do
ano, caindo drasticamente durante a seca. Para animais em regime de
confinamento, praticamente todos os alimentos passíveis de serem utilizados
contém pouca ou nenhuma vitamina A (fenos, silagem, bagaço, capineiras,
concentrados, etc).
São descritos como funções
da vitamina A; participação na membrana celular de células receptoras de luz na
retina, proteção dos epitélios (pele, mucosa conjuntival, brônquica, vesical e
uterina), desenvolvimento do sistema nervoso e imunológico, desenvolvimento
ósseo, controle da pressão normal do fluído cérebro-espinhal. Controle da
reprodução e desenvolvimento embrionário. Neste caso, a vitamina A atua como
protetor do epitélio germinativo nos machos e epitélio vaginal nas fêmeas. Sua
carência acarreta distúrbios graves no término da gestação, podendo
ocorrer reabsorção dos fetos e natimortos.
O sintoma mais conhecido
de deficiência de vitamina A é a chamada cegueira noturna, mas podem ser
observados também xeroftalmia, papiloedemas, convulsões e muitos problemas
reprodutivos. A vitamina A atua com elevada importância na resistência a doenças
e ao stress.
Os bezerros são muito
susceptíveis à deficiência de vitamina A, pois nascem com pouca reserva desta e
dependem do aporte do colostro e do leite da mãe, já que não podem aproveitar o
Betacaroteno de outros alimentos.
Em reprodutores, a
deficiência de vitamina A diminui a atividade sexual, diminui o número e a mobilidade
dos espermatozoides, causando também a inibição da espermatogênese, redução do
tamanho do testículo e declínio da esteroidogênese testicular.
Em matrizes, observam-se
distúrbios reprodutivos, como alteração no cio, ovulação e gestação, abortos e
retenção de placenta, cornificação ou queratinização do epitélio vaginal e
falha de concepção. Entretanto, muitos afirmam que em geral, não há
interferência na concepção, mas devido à degeneração placentária é comum
ocorrer abortos, nascimento de filhotes fracos, natimortos ou cegos.
A deficiência de vitamina
A leva à atrofia de todas as células epiteliais, mas os defeitos importantes
são limitados aos tipos de tecido epitelial que possuem uma função secretora
assim como de revestimento. As células secretoras não têm o poder de se dividir
e se desenvolver a partir do epitélio basal indiferenciado. Na deficiência de
vitamina A estas células são gradualmente substituídas por células epiteliais
queratinizadas, estratificadas, comuns nos tecidos epiteliais não secretores.
Devido à degeneração das células epiteliais do trato respiratório, boca,
glândulas salivares, olhos, glândulas lacrimais, trato intestinal, uretra e
vagina, o animal pode ficar susceptível a infecções. Diarreia, perda de
apetite, lacrimejamento excessivo, xeroftalmia, e outros problemas nos olhos
também são comuns.
Para evitar todos esses
transtornos é de extrema importância a suplementação para os animais. A Vitamina
A e muitas outras são encontradas em nossos produtos:
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