quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Deficiências vitamínicas em Bovinos de Corte e Leite – Vitamina A

As exigências em nutrientes para as diferentes funções (manutenção, crescimento ou ganho de peso, reprodução e produção de leite) são quantitativas, isto é, os animais exigem determinadas quantidades de cada nutriente para sustentação e para produção. Entretanto, com exceção da água, as exigências são também expressas em termos de concentração no alimento a ser consumido pelos animais o que permite avaliar se um determinado alimento ou ração satisfaz às necessidades do animal para desempenhar as suas funções de produção. O melhoramento genético e a intensificação da produção na bovinocultura de corte proporcionam cada vez mais animais com desempenhos bastante elevados, e consequentemente mais exigentes no aspecto nutricional. Elevados valores de desempenho implicam em altos níveis de exigência nutricional, com maior sensibilidade a deficiências nutricionais.
Os ruminantes possuem a capacidade de sintetizar algumas vitaminas no rúmen, como as vitamina K e as do complexo B, entretanto são incapazes de sintetizar as vitaminas A, D e E, necessitando assim de suplementação em determinadas situações. Esta pode ser realizada através de suplementos em pó adicionados na dieta ou por via oral ou injetável
Apesar de poder ser extraída de fontes naturais, na forma de álcool e principalmente éster de ácido graxo, atualmente a vitamina A é bastante utilizada na forma sintética, e essa também não é sintetizada no rúmen, devendo o animal recebê pela dieta.
 A vitamina A é considerada a vitamina de maior importância nos bovinos de corte, pelo fato de as pastagens apresentarem abundância de carotenoides pró-vitamina A durante o período quente e chuvoso do ano, caindo drasticamente durante a seca. Para animais em regime de confinamento, praticamente todos os alimentos passíveis de serem utilizados contém pouca ou nenhuma vitamina A (fenos, silagem, bagaço, capineiras, concentrados, etc).
São descritos como funções da vitamina A; participação na membrana celular de células receptoras de luz na retina, proteção dos epitélios (pele, mucosa conjuntival, brônquica, vesical e uterina), desenvolvimento do sistema nervoso e imunológico, desenvolvimento ósseo, controle da pressão normal do fluído cérebro-espinhal. Controle da reprodução e desenvolvimento embrionário. Neste caso, a vitamina A atua como protetor do epitélio germinativo nos machos e epitélio vaginal nas fêmeas. Sua carência acarreta distúrbios graves no término da gestação, podendo ocorrer reabsorção dos fetos e natimortos.
O sintoma mais conhecido de deficiência de vitamina A é a chamada cegueira noturna, mas podem ser observados também xeroftalmia, papiloedemas, convulsões e muitos problemas reprodutivos. A vitamina A atua com elevada importância na resistência a doenças e ao stress.
Os bezerros são muito susceptíveis à deficiência de vitamina A, pois nascem com pouca reserva desta e dependem do aporte do colostro e do leite da mãe, já que não podem aproveitar o Betacaroteno de outros alimentos.
Em reprodutores, a deficiência de vitamina A diminui a atividade sexual, diminui o número e a mobilidade dos espermatozoides, causando também a inibição da espermatogênese, redução do tamanho do testículo e declínio da esteroidogênese testicular.
Em matrizes, observam-se distúrbios reprodutivos, como alteração no cio, ovulação e gestação, abortos e retenção de placenta, cornificação ou queratinização do epitélio vaginal e falha de concepção. Entretanto, muitos afirmam que em geral, não há interferência na concepção, mas devido à degeneração placentária é comum ocorrer abortos, nascimento de filhotes fracos, natimortos ou cegos.
A deficiência de vitamina A leva à atrofia de todas as células epiteliais, mas os defeitos importantes são limitados aos tipos de tecido epitelial que possuem uma função secretora assim como de revestimento. As células secretoras não têm o poder de se dividir e se desenvolver a partir do epitélio basal indiferenciado. Na deficiência de vitamina A estas células são gradualmente substituídas por células epiteliais queratinizadas, estratificadas, comuns nos tecidos epiteliais não secretores. Devido à degeneração das células epiteliais do trato respiratório, boca, glândulas salivares, olhos, glândulas lacrimais, trato intestinal, uretra e vagina, o animal pode ficar susceptível a infecções. Diarreia, perda de apetite, lacrimejamento excessivo, xeroftalmia, e outros problemas nos olhos também são comuns.
Para evitar todos esses transtornos é de extrema importância a suplementação para os animais. A Vitamina A e muitas outras são encontradas em nossos produtos:


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