quarta-feira, 10 de junho de 2015

Deficiências vitamínicas em Bovinos de Corte e Leite – Vitamina E

Visando melhorar a produção de leite, aumentar a taxa de natalidade, aumentar o peso a desmama, diminuir a idade de abate, etc., deve-se prestar mais atenção à nutrição mineral para prevenir deficiências destes elementos.
Vitaminas são indispensáveis para o bom desenvolvimento das funções vitais, sendo que algumas são armazenadas no corpo dos bovinos, principalmente no fígado, e podem ser utilizadas à medida de suas necessidades por longo período, sem que os animais apresentem sintomas de deficiências, mesmo comendo uma dieta pobre nestes nutrientes, até que suas reservas se esgotem. No entanto, muitas vitaminas não são armazenadas pelos bovinos, o que exige uma ingestão diária suficiente para não haver prejuízos que reflitam em queda de produção, desempenho reprodutivo, ou mesmo, morte.
 A vitamina E atua como antioxidante natural no organismo animal, a principal fonte de vitamina E é o alfa-tocoferol. Uma unidade internacional que corresponde a 1mg de acetato de DL-alfa-tocoferol. A vitamina E atua na reprodução no desenvolvimento embrionário, fixação do embrião e espermatogênese e como antioxidante, em que retarda a rancificação, protegendo as células corporais de substâncias tóxicas formadas pela oxidação de ácidos graxos insaturados. Pode ser encontradas em pequenas quantidades em muitas plantas, sementes de oleaginosas, leite integral (gordura e seus subprodutos), gema de ovo, algumas vísceras animais (hipófise, adrenal e baço) e na gordura corporal. A vitamina E não é sintetizada no rúmen, devendo ser fornecida ao animal através dos alimentos da dieta, ou suplementada via oral ou injetável.
A falta de vitamina E pode ser confundida com deficiência de Selênio, isto porque apesar da vitamina E e o Selênio possuírem funções distintas, algumas doenças como a distrofia muscular nutricional pode ser causada pela deficiência de vitamina E e/ou Selênio. Distúrbios reprodutivos como retenção de placenta, infecções uterinas, cistos ovarianos e mastite são moléstias associadas à deficiência de vitamina E e Selênio. Em vacas adultas, também pode ocorrer diarreia e abortos, principalmente entre 2 e 12 semanas de idade. Além disso, a deficiência de vitamina E causa a "doença do músculo branco", uma condição degenerativa que afeta especialmente os músculos, causando fraqueza muscular, calcificação, rigidez no andamento, incoordenação de movimentos e em casos severos, morte devido à flacidez do músculo cardíaco. Esta fraqueza muscular pode ser observada na musculatura dos membros posteriores, sendo que em bezerros, a musculatura da língua pode ser afetada dificultando o ato de mamar. Em casos menos severos, os bezerros podem apresentar crescimento retardado, degeneração dos músculos esqueléticos e cardíacos.

Sintomas de avitaminose E:



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